Entenda as principais variedades do café
O café é cultivado a partir de duas espécies principais: Coffea arabica e Coffea canephora (também conhecida como robusta). Cada uma possui características agronômicas e sensoriais distintas, que influenciam diretamente na qualidade da bebida e no seu posicionamento no mercado.
O Coffea arabica, originário das terras altas da Etiópia, é cultivado em altitudes elevadas e oferece uma bebida mais refinada. Seus grãos apresentam sabores suaves, acidez equilibrada e notas florais ou frutadas — qualidades que fazem dessa variedade a mais valorizada na produção de cafés especiais.
Por outro lado, o Coffea canephora (robusta) é uma planta mais resistente a pragas e doenças, com alta produtividade em altitudes mais baixas. Seu perfil sensorial é marcado por amargor mais intenso, menor acidez e alto teor de cafeína. É comum em cafés solúveis e blends industriais.
Por que São Paulo é ideal para o cultivo de café arábica?
O estado de São Paulo reúne condições agroclimáticas ideais para a produção de cafés arábica de alta qualidade. Regiões como a Mantiqueira, Mogiana e Alta Paulista, onde estão localizadas as três sedes da Bellagio Group, são reconhecidas nacional e internacionalmente por sua tradição e excelência cafeeira.
Essas regiões apresentam altitudes que variam entre 600 e 1.200 metros, com temperaturas amenas e estações bem definidas. O período de seca durante a maturação dos frutos é especialmente importante para o desenvolvimento de grãos mais doces e com maior complexidade sensorial.
Além disso, os solos férteis e bem drenados favorecem o crescimento saudável das plantas, proporcionando estabilidade e rendimento ao produtor rural.
Como funciona a classificação do café?
O café, enquanto uma das principais commodities do mundo, passa por rigorosos processos de classificação física e sensorial, que determinam sua qualidade e valor de mercado.
➤ Classificação física
Nessa etapa, são avaliadas características como:
- Tamanho e cor dos grãos
- Uniformidade
- Presença de defeitos (como grãos brocados ou malformados)
➤ Classificação sensorial (cupping)
Especialistas analisam o café para identificar:
- Sabor
- Aroma
- Corpo
- Doçura
- Acidez
- Finalização
A análise sensorial pode ser classificada como:
- Estritamente Mole – Bebida, limpa de sabor bastante suave e adocicado.
- Mole (bebida de sabor suave, acentuado e adocicado)
- Apenas Mole (bebida de sabor suave, porem com leve adstringência)
- Dura (bebida com sabor adstringente e gosto áspero)
- Riada (bebida com leve sabor de iodofórmio ou ácido fênico)
- Rio (bebida com sabor forte e desagradável de iodofórmio ou ácido fênico)
Esse processo é essencial para o reconhecimento e valorização do café especial.
A importância da transparência para os produtores
Na Bellagio Café, uma empresa Bellagio Group, acreditamos que a transparência ao longo de toda a cadeia é fundamental para garantir a valorização do produtor. Desde a origem até o mercado global, buscamos manter um padrão rigoroso de qualidade e uma comunicação clara com todos os envolvidos.
Os produtores são os protagonistas dessa história. Nosso compromisso é apoiá-los com conhecimento, tecnologia e um processo justo de avaliação, contribuindo para que seus cafés alcancem novos mercados e sejam valorizados por sua excelência.
O café como elo entre territórios, culturas e gerações
Para todos do nosso ecossistema, o café vai além de uma bebida ou commodity. Ele é um elo. Ele conecta pessoas, gerações, saberes e geografias. Representa esforço, tradição e transformação, tudo o que move o agronegócio brasileiro.
Por isso, um dos nossos lemas é simples e poderoso: “Qualidade e transparência para o produtor.”
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Texto escrito por Maria Fernanda Cardozo, Engenheira Agrônoma e classificadora da Bellagio Café